segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mortes por diabetes aumentam no Brasil

O perfil da mortalidade no Brasil está mudando. Cada vez mais pessoas estão morrendo de diabetes, fato que é atribuído pelo Ministério da Saúde ao aumento de pessoas com excesso de peso.
Em 1996, as mortes pela doença eram de 16,3 habitantes em cada 100 mil, taxa que passou para 24 a cada 100 mil em 2006. Os dados se referem à população entre 20 e 74 anos.
O aumento ocorre principalmente entre os homens com mais de 40 anos --2,3% ao ano, em média, considerado todo o período. Entre as mulheres da mesma faixa etária, o crescimento foi de 1% ao ano.
O retrato é tímido, já que se refere somente às mortes que tiveram o diabetes como principal causa (indicadas assim no atestado de óbito), não levando em consideração as doenças decorrentes dela.

Por outro lado, problemas cardiovasculares estão matando menos, apesar de liderarem o ranking das causas de morte (são 29,4% das conhecidas). A taxa passou de 187,9 por 100 mil habitantes para 149,4.

A queda é atribuída a tecnologias mais avançadas, ampliação dos acesso à saúde e, em grande parte, redução do tabagismo. Em 1989, uma pesquisa nacional apontou que 31% dos brasileiros eram fumantes. Em outro levantamento, feito em 2008 com moradores de capitais, o percentual foi de 16,1%.
Entre as doenças cardiovasculares, os principais vilões são AVC (acidente vascular cerebral), obstrução arterial e infarto do miocárdio. O câncer foi a segunda maior causa de morte registrada, responsável por 15% dos óbitos no país em 2006. Em terceiro lugar, vieram causas externas, como homicídios e acidentes de trânsito (12,4%). O ranking repete os últimos dados disponíveis até então, relativos a 2005.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Familia: um grande amor

A filosofia traz em sua palavra a presença do amor, posto que 'philo' significa amor e 'sophia', saber. A palavra 'philosophia' significa, então, 'o amor ao saber'.


E se invertêssemos a ordem? "Sophiaphilo". Poderíamos falar em 'saber ao amor'?
Como a sabedoria pode nos auxiliar no aprendizado do amor? Sentimento, tantas vezes paradoxal, nem sempre é coerente com a construção do saber.
Amar é um aprendizado a partir da experiência com o outro, uma troca de cuidados que se inicia na família, quando mãe e filho são um único ser.
Esse saber cresce na relação com os irmãos e com os amigos, na percepção das semelhanças e diferenças, presente entre esses; esbarrando na identificação e/ou repulsão aos antepassados.
Família, constituição necessária, instintiva e formativa. Grupo, clã, tribo. Inserção fixada pelos genes e pela cultura. Família de pessoas que acolhemos, e que nos adotam, por afinidade.
São tantas as formas de amor, que é difícil estabelecer parâmetros entre elas.
O único parâmetro é o próprio amor, o respeito à dignidade do outro como ser vivente, como parte do grupo que se intitula imagem e semelhança de Deus.
Saber amar, construindo um conhecimento nessa arte, é a busca essencial de todo grupo que se propõe como humano, a caminho de sua divindade transcendente.

sábado, 14 de novembro de 2009

Cerca de 30% dos diabéticos não sabem que têm a doença, diz associação

Cerca de 10% da população brasileira, algo em torno de 11 milhões de pessoas, são portadores de diabetes, de acordo com dados da Associação Nacional de Diabetes (Anad). Desse total, cerca de 30% não sabem que têm a doença. De acordo com a associação, os números fazem parte de pesquisas do Ministério da Saúde e de entidades científicas.
O presidente da Anad, Fadlo Fraige, alerta para a necessidade de exames regulares de glicemia em obesos, hipertensos, pessoas com nível de colesterol aumentado e com casos de diabetes na família.

"Um dos grandes problemas das estimativas é que desses 11 milhões de pessoas, talvez nós tenhamos diagnóstico de cerca de seis ou sete milhões. Outros 30% ou 35 % têm a doença e ainda não sabem. Então, é fundamental que façam regularmente os exames", frisou.

O médico ressaltou que os obesos necessitam de um cuidado maior. "O valor total da alimentação tem que ser restringido para que a pessoa, além de controlar a glicemia, tenha uma perda de peso, o que é extremamente benéfico ao diabético. Então todos os alimentos que se transformam em glicose rapidamente, ou indiretamente, tem que ser abolido, como o açúcar comum, ou restringido, a exemplo dos carboidratos."
O presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Reginaldo Alburqueque, disse que está preocupado com a doença na infância. Segundo o médico, o diabetes do tipo 2, mais comum em adultos acima de 40 anos, tem aparecido também em crianças.
"A vida em frente à televisão, ao computador, o controle remoto, os carros que não exigem nenhum tipo de esforço para levantar o vidro, essa automatização da sociedade e os maus hábitos alimentares têm aumentado a incidência de crianças e jovens, não com a diabetes do tipo 1, mas sim com a diabetes do tipo 2."

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Antibióticos na gravidez podem causar malformação


O uso de algumas classes de antibióticos no tratamento de infecções urinárias durante os três primeiros meses de gravidez pode aumentar o risco de o bebê nascer com malformações, diz estudo publicado na revista "Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine".

Os defeitos congênitos foram relacionados ao uso de sulfonamidas e nitrofurantoinas. Já a penicilina e seus derivados foram considerados seguros.

O estudo foi realizado pela geneticista Krista Crider, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Ela analisou o uso de antibióticos na gravidez de 13.155 mulheres que tiveram filhos com uma das mais de 30 malformações congênitas e comparou com os resultados de 4.941 mulheres selecionadas aleatoriamente, que viviam na mesma região, e tiveram filhos saudáveis.

A pesquisadora constatou que as penicilinas e cefalosporinas, apesar de comumente usadas por mulheres grávidas, não foram associadas aos defeitos de nascimento. Já os medicamentos sulfonamidas e nitrofurantoinas foram associados com vários defeitos, como malformações cardíacas, fendas na face, problemas de intestino e até anencefalia.

O ginecologista Nilson Abrão Szylit, do hospital São Luiz, disse que as sulfonamidas e nitrofurantoinas já não eram recomendadas no começo da gestação, pois não havia estudos que garantissem a segurança. "O simples fato de não sabermos se é seguro já é motivo para não indicarmos", diz.

Quando a gestante tem infecção urinária, o ideal é tratar com penicilina, que não traz problemas. Em casos de alergia, a mulher pode usar a cefalosporina. "A droga de escolha na gravidez, sempre que possível, é a penicilina", diz Szylit.

O ginecologista Rodrigo Ruano, professor da USP, diz que o estudo confirma a existência de complicações associadas ao uso de antibióticos, mas reforça que o tratamento das infecções é fundamental para garantir a saúde da mãe e do bebê. "Se a mulher não tratar, o parto pode ser prematuro, pode haver rompimento de bolsa", diz.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Câncer de colo de útero é o segundo tipo que mais mata

Existem diversos fatores de risco identificados para o câncer do colo do útero, sendo que alguns dos principais estão associados às baixas condições sócio-econômicas, ao início precoce da atividade sexual, à multiplicidade de parceiros sexuais, ao tabagismo, à higiene íntima inadequada e ao uso prolongado de contraceptivos orais.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, INCA, estudos recentes mostraram que outro importante fator pode causar a doença, o vírus do papiloma humano (HPV) que tem papel importante no desenvolvimento do câncer de colo uterino, e está presente em mais de 90% dos casos dessa doença. Esse vírus provoca formação de verrugas genitais e não tem tratamento especifico, podendo acometer colo de útero, vagina, vulva e glande do pênis. Há mais de 40 subtipos desse vírus. Ele está presente em mais de 90% dos casos de câncer do colo do útero e também é conhecido pelo nome de cancro ou crista de galo.

Mesmo com as diversas campanhas do Ministério da Saúde o número de novos casos de câncer do colo do útero no Brasil no ano de 2008, superou os 18 mil (um risco estimado de 19 casos a cada 100 mil mulheres). A incidência é cerca de duas vezes maior em países menos desenvolvidos comparado com os mais desenvolvidos. A doença torna-se evidente na faixa etária de 20 a 29 anos e o risco aumenta rapidamente até atingir seu pico geralmente entre 45 a 49 anos.

Prevenção e Tratamento

De acordo com Alice Helena Rosante Garcia, médica oncologista, o contágio acontece pela relação sexual. Segundo ela, a prevenção se dá pela prática segura do sexo, além da realização do exame preventivo, conhecido popularmente como papanicolaou, uma vez ao ano. Toda mulher, em atividade sexual ou não deve submeter-se ao exame preventivo periódico, especialmente se estiver na faixa etária dos 25 aos 59 anos de idade.

Depois de muitas pesquisas, há cerca de dois anos foi finalmente liberada uma vacina para prevenção do HPV. No momento está em estudo no Ministério da Saúde a aplicação desse medicamento pelo SUS. É importante enfatizar que a vacina não protege contra todos os subtipos do HPV. Sendo assim, o exame preventivo deve continuar a ser feito mesmo em mulheres vacinadas. “Qualquer médico pode receitar a vacina, desde que a paciente respeite a faixa etária de 9 a 23 anos”, explica Garcia.

Segundo a médica, os principais sintomas do câncer do colo do útero são sangramento vaginal, corrimento, dor e desconforto durante as relações sexuais. O tratamento adequado para cada caso varia conforme a extensão da doença E deve ser avaliado e orientado por um médico.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Obama acaba com proibição de que pacientes com HIV entrem nos EUA

Achei simplesmente incrivel este progresso na humanidade. Esta semana participei de um curso de HIV/AIDS, onde vi de perto relato de pacientes portadores do virus e da doença, e era explicito o preconceito que eles sofrem. Porém, graças a Deus, ainda vivemos em uma país onde a democracia "impera" e o direito de ir e vir ainda é preservado.
Obama está começando uma nova era no EUA e no mundo, com quebra de barreiras raciais e sociais.
Estou muito orgulhosa e feliz com esta noticia.



Ele assinou extensão de leis que provêm tratamento para infectados.
Banimento já durava 22 anos.

O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou nesta sexta-feira (30) o fim da proibição de que pessoas infectadas com o vírus HIV, da Aids, entrem nos Estados Unidos.

A proibição, que já durava 22 anos, acaba na segunda-feira, segundo Obama.

Obama fez o anúncio durante a assinatura da extensão do Ato Ryan White de Tratamento do HIV/Aids, que provê programas de educação, prevenção e tratamento para pacientes norte-americanos.

Obama argumentou que a proibição havia sido imposta em uma época em que os visitantes infectados eram tratados como uma "ameaça".

"Nós lideramos o mundo quando se trata de ajudar a conter a pandemia de Aids. Apesar disso, ainda somos um dos poucos países que ainda barram pessoas com HIV de entrar em nosso território", disse Obama. "Se nós queremos ser líderes mundiais no combate ao HIV/Aids, precisamos agir como líderes."

Ele afirmou que na segunda-feira o governo publicará uma norma definitiva que elimina a proibição de viagens que entrará em vigor em 2010.

O vírus da Aids infecta 33 milhões de pessoas em todo o mundo e cerca de um milhão de pessoas nos EUA.