quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cegueira pode mesmo intensificar outros sentidos, diz estudo

afirmação familiar é tema de muitos roteiros de Hollywood --como "Demolidor", no qual a repentina cegueira de um advogado intensifica seus outros sentidos e o transforma em super-herói. Estudos sugerem que a história é mais real que fantasia.

Numa série de estudos, neurocientistas da McGill University testaram participantes cegos e com visão normal para verificar a percepção e habilidade de localizar sons.

Os participantes cegos geralmente tiveram pontuação maior, o que foi uma grande surpresa --até que os cientistas descobriram que o momento em que os participantes tinham ficado cegos afetava seu desempenho.

Os cegos de nascença se saíram melhor, os que ficaram cegos quando crianças ficaram um pouco atrás, e os que perderam a visão após os dez anos de idade não foram melhores que os participantes de visão normal.

A implicação é que um cérebro jovem poderia ser requalificado para que as áreas de processamento visual fossem utilizadas com outros propósitos.

Talvez a maior prova disso tenha sido mostrada em estudos de imagens cerebrais, nos quais cientistas descobriram que indivíduos cegos que melhor puderam localizar um som envolviam tanto o córtex auditivo quanto o occipital, onde ocorre a percepção visual. Participantes cegos que tiveram baixo desempenho, assim como os indivíduos de visão normal, tiveram pouca ou nenhuma atividade no lóbulo visual.

Outros estudos tiveram resultados similares com a identificação de odores e sensações táteis.

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